
A busca por empréstimos foi anunciada há um mês como
tentativa de sanar as dificuldades financeiras da estatal: 20 bilhões de reais
com garantias do Tesouro Nacional. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a
primeira rodada de negociação com um consórcio de bancos empacou.
A taxa de juros cobrada pelos bancos foi considerada muito
alta e implicaria custo anual de 3 bilhões de reais apenas em juros. Sem
conseguir fechar as contas, a estatal corre contra o tempo. Abriu nova rodada
de negociações, agora para tentar levantar 10 bilhões de reais em 15 dias, e o
leque de bancos a serem consultados foi ampliado.
Esse empréstimo é considerado pela direção dos Correios como
crucial para cobrir o caixa, pagar dívidas e contas atrasadas e tentar
reestruturar a empresa. Não é de hoje que os Correios operam no vermelho, com
resultados negativos seguidos desde 2022. No acumulado do primeiro semestre
deste ano, o prejuízo passou de 4 bilhões de reais.
A receita despencou: a prestação de serviços encolheu 1
bilhão de reais. Já as despesas administrativas, como salários e precatórios,
cresceram quase um bilhão e meio de reais na comparação com o ano passado.

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