Hoje, o município de
Lajes Pintadas-RN, situado na microrregião da Borborema Potiguar, era um
povoado do Município de Santa Cruz-RN.
Através da Lei no 2.332, no dia 31 de dezembro de
1958, Lajes Pintadas foi desmembrada de Santa Cruz e tornou-se
município do Rio Grande do Norte.
Na década de 1930, mais
precisamente no ano de 1933, um casal de agricultores vindo do Município de
Araruna, no estado da Paraíba, Ele Melquíades Bernardino dos Santos, paraibano
e Ela Joana Cesário Dantas, que passaremos a tratar por Joaninha, potiguar,
fixaram residência na zona rural de Lajes Pintadas, mais precisamente no sítio
“As Areias”, na propriedade do senhor Pacífico, com a
finalidade de trabalhar na agricultura de sustento e criar a família, naquela
época já tinha 03 filhos.
A religiosidade sempre foi uma constante em Lajes
Pintadas. Devido à falta de água doce para o consumo humano, já que a única
fonte para fornecer o precioso líquido era uma Cacimba com pouca água e salgada,
imprópria para o consumo humano, Joaninha por ser muito religiosa, resolveu
fazer uma promessa (prática muito observada na região), com Sant’Ana, a
mãe da Virgem Maria, para que se uma Cacimba cavada por Melquíades jorrasse
água doce, própria para o consumo dos moradores da localidade, ela todo dia 26
de julho, dia de Senhora Sant’Ana, rezaria um terço e acenderia velas na
Pedra existente no Monte próximo a sua casa. Foi atendida. A cacimba jorrou
grande quantidade de Água doce e Joaninha pediu ao proprietário da terra,
Senhor Pacífico, que liberasse a água para todos os demais moradores, no que
foi prontamente atendida.
Agradecida por tão grande graça, Joaninha passou a pagar sua promessa todos os anos, no dia 26 de julho, lá estava ela rezando, acendendo velas, cantando o hino e agradecendo a Senhora Sant’Ana, enquanto morou lá por 35 anos.
No ano de 1940,
Joaninha deu à Luz um filho que recebeu o nome de Raimundo. Aos 11 meses de
vida, a criança teve uma convulsão e perdeu os movimentos, ficando paralítico.
Joaninha, valendo-se mais uma vez de sua religiosidade, fez outra promessa,
dessa vez com o Bom Jesus dos Passos, prometendo que se o Raimundo voltasse a
andar, ela faria uma cruz de madeira do tamanho do corpo do seu filho. Como disse
o próprio Jesus: Pedi e dar-se-vos-á;
buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede,
recebe; e, o que busca, encontra; Mateus 7:7,8,
Joaninha pediu e recebeu mais uma grande graça de Deus, pois seu filho Raimundo
voltou a ter vida normal, sem sequelas. Como havia prometido, Joaninha mandou
fazer uma cruz com a altura do seu filho Raimundo e foi com ele colocá-la na
Pedra do Monte, que nessa época já contava com outras manifestações de
agradecimentos, como cruzes ou imagens.
A Pedra do Monte, por
muitos anos, era de conhecimento apenas das pessoas que sabiam das graças
alcançadas por Joaninha. Depois alguns familiares seus, também recorreram às
graças emanadas de Deus, da Virgem Maria e da Senhora Sant’Ana, através daquele
ponto de devoção (pedra), encravada naquele monte. Por mais de 70 anos (1947 /
2020), os objetos de devoção (cruzes e imagens) ficaram naquele local sem que a
ação do tempo agisse sobre eles, quando se verificou que até a tinta na madeira
da cruz estava intacta.
A partir de 2020, com o
consentimento do proprietário das terras e por orientação de familiares de Joaninha (filhas, netos e
principalmente a neta Lena), além de outros parentes, procuraram o local para
urbanizá-lo, reativar as romarias, entronizar outras imagens, outra cruz, com a
finalidade de tornar o local “PEDRA DO MONTE MÃE JOANINHA”,
local de penitência, oração e devoção.
Agora, é compromisso de toda família de Melquíades e Joaninha, manter sempre limpo e organizado o local, permitindo que outras pessoas ou grupos, como já aconteceu com o grupo feminino do pedal da cidade de Lajes Pintadas, visitem e façam suas orações na “PEDRA DO MONTE DE MÃE JOANINHA”, para o bem de todos e Honra e Glória de Nosso Senhor JESUS CRISTO. Por Sebastião Paulino!

Nossa historia ,nossa gente ,nosso sangue ,nosso orgulho ,nossa santa vovó JOANINHA.
ResponderExcluirCLEITON.
Uma bela história sobre os nossos antepassados e a fé com que eles conduziram a vida, principalmente Mãe Joaninha. Parabéns a todos que resgataram essa parte tão inspiradora da história de nossa família.
ResponderExcluirUma bela história sobre os nossos antepassados e a fé com que eles conduziram a vida, principalmente Mãe Joaninha. Parabéns a todos que resgataram essa parte tão inspiradora da história de nossa família.
ResponderExcluirFui com Majoaninha nesse monte quando eu era criança. Guardo vividamente os relatos que ela fazia sobre o lugar e sua fé. Tem memória de Majoaninha ai. A matriarca junção de meiguice e força. Viva Joana.
ResponderExcluirParabéns para essa comunidade e seus moradores.Quê história linda
ResponderExcluir