VEJA – O mercado continua a
projetar uma piora no quadro da economia neste ano. Nesta segunda-feira, os
analistas ouvidos pelo Banco Central para a produção do boletim Focus voltaram
a elevar a previsão da inflação para 2015, de 9,15% para 9,23%. Trata-se da
décima quinta semana consecutiva em que o indicador sofre um reajuste. Se
concretizado, este será o nível mais alto do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) desde 2003, quando chegou a 9,3%.
O Focus é divulgado às segundas e
é constituído por projeções de mais de cem instituições financeiras.
No relatório, os analistas
aumentaram a expectativa de encolhimento do Produto Interno Bruto, de 1,7% para
1,76% (ambos negativos), para este ano. É a segunda vez seguida que o índice é
empurrado para baixo e, se confirmado, será a maior queda registrada desde
1990, quando teve um recuo de 4,35%.
Apesar da alta da inflação, o
mercado colocou para baixo a estimativa da taxa básica de juros (a Selic) - de
14,5% para 14,25%. Mesmo assim, os analistas ainda esperam um reajuste na
Selic, que está em 13,75%, até o fim do ano.
Para 2016, as projeções da
inflação e da Selic se mantiveram estáveis em relação à semana passada. O IPCA
permaneceu no patamar de 5,4%; e a Selic, em 12%. A perspectiva do PIB, no
entanto, é de crescimento menor, de 0,33% para 0,2%.
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