Pesquisadores da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, descobriram a primeira substância química capaz de prevenir a morte do tecido cerebral em casos de doenças que causam degeneração dos neurônios, como Alzheimer, mal de Parkinson e doença de Huntington. Para a descoberta chegar aos pacientes, ainda é necessário que seja desenvolvido um medicamento com a substância.
Nos testes feitos com camundongos em laboratório, cientistas identificaram que a substância pode prevenir a morte das células cerebrais causada por doenças priônicas – que afetam as estruturas cerebrais ou outros tecidos neurais, que podem atingir o sistema nervoso tanto de humanos como de animais. A equipe do Conselho de Pesquisa Médica da Unidade de Toxicologia da universidade priorizou os mecanismos naturais de defesa formados em células cerebrais.
“Ainda estamos muito longe de uma droga útil para seres humanos – este composto tem efeitos secundários graves. Mas [é importante] o fato de que nós estabelecemos que esta via pode ser manipulada para proteger contra a perda de células cerebrais. Em primeiro lugar, com ferramentas genéticas, e, agora, com um composto, significa que o desenvolvimento de tratamentos medicamentosos visando a esse caminho para príon e outras doenças neurodegenerativas é uma possibilidade real “, disse Giovanna Mallucci.
Tangs: Alzheimer, Parkinson
Peçamos a Deus, por intercessão de Santa Rita de Cássia, que ilumine a atividade dos cientistas a fim de que essa descoberta seja concretizada.
ResponderExcluirComprar cadeira de rodas e muletas para algum parente que se encontra enfermo, usando o dinheiro público que deveria ser utilizado na manutenção da escola ou na aquisição de merenda, de produto de limpeza etc, está certo ou está errado?
Registrar ou anotar na ficha de distribuição a quantia de 06 (seis) pacotes de leite, e entregar ao beneficiário apenas 05 (cinco) pacotes do produto, em vez dos 06 (seis) anotados, está certo ou errado?
Que esteja certo ou que esteja errado, o fato é que isso está acontecendo em algum lugar de Lajes Pintadas, do Rio Grande do Norte, ou do Brasil.
Se essas atividades estiverem erradas, ou se constituírem em atos de corrupção, que os culpados sejam punidos na forma da lei.
O servidor público, que, em virtude do cargo que ocupa, furta o leite da criancinha, do idoso ou do deficiente, desvia por algum motivo o dinheiro da merenda escolar, é um bandido de alta periculosidade. Sabe por quê? Por que recebe o dinheiro do governo para furtar o próprio governo e, em consequência do desastre de gestão, matar de fome as pessoas que deveriam ser tuteladas pelo Estado.
ResponderExcluirO funcionário ''sabido'' anota 06 pacotes no caderno, e distribui 05 para o beneficiário do programa. Um pacote sai pelo ladrão, ou melhor, vai para a mesa do servidor desonesto ou dos familiares dele. Aí já se constata um desvio de quase 17% (dezessete por cento).
Outro ''sabido'' recebe o dinheiro para aquisição de merenda escolar, mas abandona o projeto previsto, e vai comprar muletas e cadeira de rodas no bairro do Alecrim.
O conceito popular de sabido e de ladrão é a mesma coisa. Fulano de tal dos anzóis é sabido. Já fez o pé de meia dele. Isso significa que o cara é um ladrão sem-vergonha. Toma a terra do povo, rouba cimento do governo, enriquece a custa do dinheiro público, por meios escusos e fraudulentos, mente para iludir o indivíduo menos esclarecido...o ''sabido'' é assim.
ResponderExcluirPADRE JOSÉ LUIZ SILVA: O INTELIGENTE E O SABIDO.
ResponderExcluirHá duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais aproximado: o inteligente e o sabido.
O inteligente é como o grão. Se não morrer, será infecundo. A fecundidade do sabido é feita na cotidianidade dos seus sonhos.
O inteligente é aritmético. Consegue sobreviver. O sabido é geométrico. Quase sempre vive sobre. O inteligente é polivalente na ordem do conhecimento. O sabido, na ordem do aproveitamento. O inteligente é grosseiro às vezes, mas humano, profundamente humano. O sabido se irrita, mas é sempre fino. Fino e aderente. Sobretudo ao poder. E quando eu falo em Poder, não me refiro pura e simplesmente ao Sistema. Me refiro ao poder, podendo. Feito de números. Sobretudo de números.
O inteligente pode ser desligado. O sabido, nunca. O inteligente gosta de se encontrar com velhos amigos. O sabido prefere localizar novos. Se vão lhe render dividendos. O inteligente é simples. O sabido é complexo.
Chegar a ele, às vezes não é fácil. O mundo é dos sabidos. A vida, dos inteligentes. Na sua intensidade. A ambição do inteligente é limitada. Porque limitada, nem consegue ser ambição. O sabido é, sobretudo, ambicioso, explicação maior do seu sucesso. O inteligente poderá ser sábio. O sabido, jamais. A fé do inteligente é escatológica.
Do sabido, circunstancial. O inteligente não consegue ser audaz. A ousadia, porém, é o oxigênio do sabido. O inteligente aguarda a morte como passagem; para o sabido, ela não é objetivo de cogitações.
O inteligente gosta de bibliotecas; o sabido, de computadores. O inteligente sonha com Paris, escreve maravilhosamente sobre Paris, mas suas notas são escritas em Tibau ou na Redinha. O sabido dorme em Lisboa, acorda em Hong-Kong e janta em Ponta Negra.
O inteligente sorri. E no sorriso se esboça a silhueta da paz. O sabido ri. E ri gostosamente. O inteligente tem saudades; o sabido, nostalgia. O inteligente mergulha no silêncio. O sabido vira taciturno. O inteligente fica só, para estar com os outros; o sabido, para libertar-se deles.
O inteligente cria; o sabido amplia. O inteligente ilumina; o sabido ofusca. O inteligente pensa em canteiros de flores; o sabido, em projetos de reflorestamento. O antônimo de inteligente é burro, de sabido é besta; às vezes (quem sabe) viram sinônimos.
Ser, para o inteligente é fundamental. Parecer, para o sabido é prioritário. E como vivemos no mundo das aparências, nele o inteligente não terá vez. Desde que mude os seus critérios. Aí então, aflora a crise do desencanto.
É quando a mediocridade se entroniza, o supérfluo se instala e a inteligência se rende. A não ser que o inteligente se chame Unamuno, reitor imortal. Por isso, ele foi magnífico. Do contrário não teria sido reitor, mas feitor. E de feitores o Brasil está cheio. Sabidos, por sinal.
Sabido é Diógenes da Cunha Lima. Inteligente é Jarbas Martins.
Cascudo é inteligente. Sabida é sua entourage.
Inteligentes são Zila Mamede e Otto Guerra.
Inteligente é Waldson Pinheiro. Inteligente foi Miriam Coeli. Inteligente é Padre Ônio (de Cerro Corá) e Dom Heitor (de Caicó). Inteligente foi Dom Costa (de Mossoró). Inteligente foi o pastor José Fernandes Machado.
Inteligente é Anchieta Fernandes. Inteligente é Vingt-un.
O inteligente compra livros. O sabido, ações.
Para o sabido, as letras que realmente valem são letras de câmbio. Inteligente é quem trabalha para viver razoavelmente. Sabido é quem consegue que outros trabalhem para que ele viva maravilhosamente. O inteligente sua. O sabido transpira.
ResponderExcluirO inteligente acorda cedo. Para ele, Deus ajuda a quem madruga. O sabido acorda tarde. Outros madrugam por ele. Sem o inteligente, o que seria do sabido?
Inteligentes são Manoel Rodrigues de Melo e Raimundo Nonato.
Sabido é Paulo Macedo. Também "imortal".
Inteligente é Dorian Jorge Freire. Sabido é Canindé Queiróz.
Inteligentes são Eulício e Inácio Magalhães [Inácio Magalhães de Sena – o bispo de Taipu – leitor contumaz, escritor e poeta].
Inteligente era Hélio Galvão. Sabido é Valério Mesquita.
Inteligentes eram José Bezerra Gomes e João Lins Caldas. Inteligente foi Jorge Fernandes. Sabido, Sebastião.
Inteligente é Erasmo Carlos. Sabido é Roberto.
Inteligente foi Garrincha. Sua inteligência, porém, não foi além de suas pernas. Com elas, encantava. Sabido é Pelé. Transformou suas pernas em objeto de lucro. Não é a toa que a cidade de Garrincha se chama Pau Grande. E Pelé nasceu onde? Não foi em Três Corações?
Ao mesmo tempo pode amar Xuxa, o Cosmos ou as audiências na Casa Branca.
Há um campo, porém, onde o número de sabidos é pródigo. Mas pelo menos hoje, eu não quero pensar nos inteligentes e sabidos quando se trata de competição eleitoral.
Aqui, o sabido leva sempre vantagem. Quem não se lembra de 74 [da campanha política de 1974]?
O inteligente não era Djalma [Djalma Aranha Marinho, professor da UFRN, grande jurista, formado pela tradicional Faculdade de Direito do Recife, Candidato da Arena derrotado ao Senado]? Sabido, porém, foi Agenor [Agenor Nunes de Maria, ex-marinheiro, comerciante do Seridó, candidato do MDB eleito ao Senado].
E o povo do RN optou por quem? Pelo inteligente ou pelo sabido?
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Fonte: SILVA, José Luiz. Apesar de Tudo. 1ª ed. Natal, RN: Cia. Editora do RN – CERN, 1983.