quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Leitor comenta: Político cai de avião para fazer outro decolar

Vejo, com desconfiança, a prenunciação do Fenômeno Collor no futuro da vida política nacional. Não se pode brincar com as emoções, colocá-las em jogo, na hora de votar, ou de escolher os destinos do País, porque a situação é séria e merece muito cuidado. Afinal, já somos mais de 200 milhões de habitantes. Há 44 anos, em 1970, éramos um pouco mais de 90 milhões de habitantes.

Aqui, em Natal, nas eleições de 05 de outubro de 2008, uma apresentadora de TV local, filha de ex-senador, elegeu-se prefeita da cidade, logo no primeiro turno, praticamente, sozinha, sem contar com o apoio de ninguém. Foi pior do que Collor. As ruas e avenidas da capital viraram um lixão.

Há alguns registros na história que, às vezes, político cai de avião para fazer outro decolar. Isso é fato.

Dix-Sept Rosado (1911-1951) morreu num desastre aéreo, no Rio do Sal, no estado de Sergipe, em 12 de julho de 1951, quando ainda não havia completado um ano de governo. Com a vacância do cargo de governador, Sylvio Pedrosa (1918–1998) assumiu a titularidade do governo do Rio Grande do Norte, de 16 de julho de 1951 a 31 de janeiro de 1956.

Castelo Branco (1897–1967) foi vítima de acidente aéreo, em 18 de julho de 1967, poucos meses depois de deixar a Presidência da República. O avião em que o ex-presidente viajava envolveu-se com um caça da FAB, sob os céus de Fortaleza, causando-lhe a tragédia. Houve um sobrevivente.

Marcos Freyre (1931–1987), senador pernambucano, era ministro da Reforma Agrária do Governo Sarney, quando a aeronave que o conduzia caiu no sul do Pará, em 08 de setembro de 1987. Não houve sobrevivente.

Ulysses Guimarães (1916–1992), deputado federal pelo PMDB de São Paulo, morreu num desastre aéreo de helicóptero, em Angra dos Reis, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1992. Ainda hoje não foram encontrados os restos mortais do grande homem público brasileiro.


Eduardo Campos (1965–2014), neto do governador Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, ex-deputado estadual e federal por Pernambuco, ex-ministro da Ciência e Tecnologia no Governo Lula, candidato a presidente da República nas eleições de outubro de 2014. Eduardo, aos 49 anos de idade, relativamente jovem, morreu no desastre aéreo do avião Cessna Citation 560XLS+, por volta das 10h00 da manhã, de 13 de agosto de 2014, em Santos, no litoral paulista. Além do ex-governador, morreram os demais ocupantes da aeronave.


Em viada ao Blog por PAULO D. UCHOA



Um comentário:

  1. O acidente que vitimou fatalmente o Marechal Castello Branco nunca foi bem esclarecido.

    Castello era um moderado que tinha intenção de devolver o governo aos civis ao fim da crise que o conduziu à Presidência da República. Todavia, esse não era o pensamento dos representantes da ‘’linha dura’’ do Exército.

    Morava no Rio de Janeiro, naquela época, e vi nas manchetes dos jornais de lá que o Castello havia decolado do sítio da Rachel de Queiroz, em Quixadá, a bordo de um avião cedido pelo Governo do Ceará, às 9h00, de 18 de julho de 1967, com destino a Fortaleza. Trinta minutos depois, já durante a descida para a capital cearense, um jato de caça da Força Aérea Brasileira atingiu a cauda do bimotor, que entrou em parafuso chato, e chocou-se com o solo, matando os ocupantes da aeronave, exceto o copiloto.

    O parafuso chato é o movimento que faz o avião descer, girando, em torno de si, em sentido vertical, escoando em 90º do eixo longitudinal. Foi exatamente isso que aconteceu com a aeronave do Castello, amigo da escritora cearense Rachel de Queiroz.

    O candidato do PSB a Presidente da República, Eduardo Campos, também, foi vítima fatal de queda de avião. O fato ocorreu há pouco menos de um mês, no litoral paulista, precisamente, em Santos. Ainda não se tem esclarecimento sobre os reais motivos causadores do acidente. Um clarividente, cujo nome não me recordo, ao participar de um programa de TV, apontou que o caso poderia ser ‘’sabotagem’’. Aqui, eu me reservo o direito de não acreditar nas supostas invencionices apregoadas pelos amantes da mídia e das luzes emitidas pelos holofotes.

    Com todo respeito, porém, aqui, prefiro renovar minha fé no poder da oração e do Espírito Santo.

    CREIO EM DEUS.
    Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

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