VEJA – Homens que vão para a cama
mais cedo correm maior risco de desenvolver problemas cardíacos. De acordo com
um estudo apresentado esta semana no Congresso da Sociedade Europeia de
Cardiologia, realizado em Roma, na Itália, ir para a cama cedo aumenta a
probabilidade de pressão alta e de um sono com qualidade ruim.
Para chegar a essa conclusão,
pesquisadores japoneses analisaram 2.400 homens adultos, com idade entre 40 e
60 anos. Os resultados mostraram que os participantes com pressão alta iam
dormir por volta das 23h10, enquanto aqueles com pressão normal, se deitavam às
23h28. Em relação à quantidade de sono, os voluntários de ambos os grupos
dormiam, em média, 6,2 horas por noite.
“Dormir cedo foi associado a
pressão alta em todos os casos”, afirma Nobuo Sasaki, do Conselho de Vítimas da
Bomba Atômica de Hiroshima e um dos autores da pesquisa.
O estudo revelou também que, em
média, os pacientes com pressão alta avaliaram seu sono como ruim. Já aqueles
com pressão normal, que dormiam mais tarde (e geralmente menos) tinha um sono
um pouco melhor. O mesmo padrão não foi detectado nas mulheres.
Uma possível explicação, segundo
os autores do estudo, é que a hipertensão altera o relógio biológico, causando
ritmos circadianos anormais, o que faz com que as pessoas com o problema se
sintam exaustas durante a noite e mesmo assim não consigam dormir bem.
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