domingo, 29 de novembro de 2015

Humor do Diário... lava jato


8 comentários:

  1. Um senhor comentava na manhã de hoje, sábado (29), no Posto Laís, na saída de Santa Cruz para Natal, que há uma família na terra de São Francisco de Assis, cuja ostentação é equivalente ou superior àquela praticada pelo Zé, quando era ministro da Casa Civil. Ele acrescentava que há veementes indícios de dinheiro público no jogo.
    Sabidamente essa família não tem histórico de média ou grande posse e também não há notícia de que haja recebido o prêmio da Mega-Sena, mas, mesmo assim, a demonstração dos sinais exteriores de riqueza e a esnobação do padrão econômico e social denunciam a incompatibilidade com os rendimentos desse pequeno grupo familiar. Lá, consoante comentava o referido senhor, até o galo do terreiro tem direito a festa de aniversário, com grandes pompas. Haja Old Parr, grandeza e muita pabulagem. Até quando, hein?
    Foi preso na última quarta-feira (25), por determinação do Supremo Tribunal Federal, o jovem André, do banco do BTG–Pactual, amigo, eleitor e financiador da campanha de Aécio, neto pelo lado materno de Tancredo e Dona Risoleta Neves.
    Delcídio, coitado. Pobre Amaral. O povo mato-grossense-do-sul (guaicuru) está entristecido pelo desgaste ético e moral de um dos seus filhos mais ilustres.

    ResponderExcluir
  2. Nessa mesma terra tem gente vendendo camisa a R$ 2,00 e, ainda, assim, não recebe.
    O calote já alcança a cifra de R$ 200,00. É pouco ou quer mais?
    E a farra continua.

    ResponderExcluir
  3. Até quando? Ora bolas! Até quando tiver poder. Isso acontece lá, aqui e em todo canto.

    ResponderExcluir
  4. Roubalheira.

    No Brasil, até o final de 2002, a roubalheira era centenas de vezes superiores à que se pratica hoje por este País afora. E, ainda, com uma agravante, ninguém era denunciado, processado, julgado, condenado e preso.

    Antes de Lula, o povo não tinha o que comer, onde morar e estudar. A partir de 2003, comida, moradia e educação de qualidade que eram itens só da elite, passaram a pertencer também à vida das camadas menos favorecidas da sociedade brasileira. E outra coisa: alguns bandidos engravatados, ‘’santificados’’, mais perigosos que os demais ladrões – os vendedores de chão de casa -, já são denunciados e presos.


    ResponderExcluir
  5. Muitas vezes, ouvi meu pai comentar com amigos que no tempo dos militares (1964-1985) só iam para a cadeia os pobres, pretos, putas e comunistas. Muitos inocentes tombaram se vida em face da violência e das torturas. Não havia direito de defesa. Só chutes, pontapés, telefones, paus de arara e inúmeros outros métodos de tortura.

    ResponderExcluir
  6. EMMANUEL BEZERRA DOS SANTOS (1947-1973).

    DADOS PESSOAIS

    Nasceu em 17 de junho de 1947 na praia de Caiçara, município de São Bento do Norte, Rio Grande do Norte, filho de Luís Elias dos Santos, pescador e Joana Elias Bezerra, florista.

    ATIVIDADES

    Estudou na Escola Isolada São Bento do Norte, onde fez o curso primário. Em 1961 transfere-se para Natal, passando a residir na Casa do estudante e a estudar no Colégio Estadual do Atheneu Norte-rio-grandense. Quando cursava a 3a. Série do curso ginasial, Emmanuel, juntamente com outros colegas, funda o jornal O Realista, voltado para a denúncia política das misérias da nossa sociedade. Logo em seguida, já na época da ditadura militar, Emmanuel cria "O Jornal do Povo", publicação libertária com correspondentes em vários municípios do Estado. No Atheneu estuda até o 1o. ano clássico, 1965. Em 1966 fica doente e perde o ano letivo, recuperando-se imediatamente com o supletivo (art.99) e presta exame vestibular, ingressando na Faculdade de Sociologia da Fundação José Augusto em 1967. Neste ano é eleito delegado ao XIX Congresso da UNE em São Paulo. Também é eleito presidente da Casa do Estudante, onde realiza uma administração marcada pelo dinamismo, ousadia e eficiência. A Casa do Estudante é transformada em uma forte trincheira de luta do movimento estudantil (secundaristas e universitários) de Natal. Torna-se, em 1968, na gestão de Ivaldo Caetano Monteiro, diretor do Diretório Central dos Estudantes da UFRN, desempenhando função de liderança no meio universitário. A partir de 1966, Emmanuel passa a integrar o Partido Comunista Brasileiro (PCB), sendo um dos principais articuladores e teóricos da Luta Interna no velho partido, dele se afastando em 1967 para incorporar-se no Partido Comunista Revolucionário (PCR).


    Com a edição do Ato Institucional nº 5, Emmanuel é preso (dezembro de 1968), condenado cumprindo a pena até outubro de 1969 em quartéis do Exército, Distrito Policial e finalmente na Base Naval de Natal. Libertado, Emmanuel imerge na clandestinidade, indo atuar politicamente (já como dirigente nacional do seu partido) nos Estados de Pernambuco e Alagoas. Nesse período, realiza viagens ao Chile e Argentina em missão do partido, buscando aglutinar exilados brasileiros à luta em desenvolvimento no país. Além de militante político, Emmanuel era uma pessoa voltada para a arte e cultura, tendo participado dos movimentos artísticos desenrolados na capital Natal. Rabiscou seus primeiros poemas adolescentes ainda na sua longínqua Caiçara do Norte. Apesar das atribulações da vida clandestina, foi possível salvar alguns dos poemas de sua autoria.

    ResponderExcluir
  7. CIRCUNSTÂNCIAS DA PRISÃO E MORTE

    Emmanuel foi preso no dia 04 de setembro de 1973, às 8h30 horas, no Largo da Moema, São Paulo, quando regressava de viagem ao exterior. Conduzido para o DOI-CODI, do II Exército, onde passou a ser torturado brutalmente até a morte, junto com o seu companheiro Manoel Lisboa de Moura, que havia sido aprisionado desde o dia 17 de agosto em Recife. A necropsia foi realizada pelo famigerado legista Harry Shibata, o qual deve ter assinado o laudo sem ter examinado o cadáver. Não constatou as inúmeras marcas de torturas no corpo de Emmanuel.

    Em fotografia recuperada pelas entidades de direitos humanos, fica evidenciada a violência sofrida por Emmanuel: seu olho esquerdo está visivelmente inchado, seus lábios também estão intumescidos, sua testa apresenta ferimentos, a base do seu nariz está quebrada, seu lábio inferior está cortado e em volta do seu pescoço desenha-se um colar de morte, como se fora feito a fogo. Foi sepultado, ao lado de Manoel Lisboa, no cemitério de Campo Grande, como indigente.

    SITUAÇAO ATUAL

    Em 13 de março de 1992 seus restos mortais foram exumados, periciados e identificados pela equipe de legistas da UNICAMP. Trasladados para Natal em julho de 1992, os despojos seguiram em cortejo para São Bento do Norte e em meio a grande comoção da comunidade local, foram enterrados no cemitério da cidade. Emmanuel recebeu diversas homenagens do povo do Rio Grande do Norte: a Escola Isolada de São Bento do Norte tem hoje o seu nome; o Grêmio Estudantil da Escola Estadual João XXIII, também é homenageado, e é nome de rua no bairro de Pitimbu, em Natal. Após a entrada em vigor da Lei nº 9.140/1995, os familiares de Emmanuel obtiveram o reconhecimento da responsabilidade da União na sua morte, fazendo jus a respectiva indenização.



    ResponderExcluir
  8. Papai, vez por outra, fala que vovô foi contemporâneo de Emmanuel Bezerra, na Casa do Estudante, na década de 1960. Fala, também, que Emmanuel foi presidente daquela instituição, diretor do Diretório Central dos Estudantes da UFRN, e que teria sido assassinado, sob as mais violentas e cruéis formas de tortura, em 1973, no auge da repressão militar, no governo do General Emílio Garrastazu Médici.

    ResponderExcluir